segunda-feira, 23 de maio de 2011

Políticas x Paradigmas

Apesar da origem diretamente ligada à organização e administração dos Estados, a palavra política é comumente utilizada para designar conjuntos de regras e padrões que visem manter a ordem e estabelecer mecanismos que possibilitem a manutenção do bem comum nas mais diversas áreas da administração moderna.

Paradigmas são modelos ou padrões pré-definidos, que detemos em nosso sub-consciente, e que definem aquilo que somos capazes de enxergar em primeiro lugar. Todo o conhecimento prévio, sobretudo aquele baseado em experiências anteriores, nos conduz a ações automáticas em situações similares.

Apesar de qualquer aprendizado anterior, não podemos carregar o mesmo padrão de atuação durante toda a nossa jornada. A vida é evolução constante e agir no automático, sem ao menos repensar nossos métodos, nos torna automaticamente ultrapassados.

Seguindo esta linha de raciocínio, surge na sequência um dos maiores termos "da moda" na administração dos dias atuais: a quebra de paradigmas.

Políticas x paradigmas: termos de grafias e significados muito diferentes. Ainda assim, por falta de orientação ou planejamento, em muitas empresas a quebra de paradigmas conduz à fatal quebra das políticas, com consequente e inevitável impacto ao bem comum.

Por melhor que sejam seus métodos e ferramentas, sempre existem melhorias possíveis. O objetivo da quebra dos conceitos pré-formatados consiste exatamente em descobrir e viabilizar tais melhorias. Porém não se esqueça do fundamental: a política deve continuar sendo seguida. No caminho da evolução as regras podem ser atualizadas, porém nunca devem ser quebradas.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Direto Ao Que Interessa

A vida é movimento constante. Tudo é transitório, mesmo aquilo que em alguns momentos aparenta estar definido. Em meio a todas estas transformações nossas vontades e necessidades formam uma grande e dinâmica roda dos desejos.

Atingimos alguns objetivos e desistimos de outros, definimos novos caminhos, descobrimos alternativas, conquistamos algumas metas mesmo antes de tê-las definido. Tudo é tão dinâmico que em alguns momentos se torna difícil manter o foco no que realmente interessa.

Onde você quer estar daqui a 10 anos? E daqui a 10 minutos?

Precisamos organizar nossos alvos. Escolher o destino final e descobrir as escalas necessárias, precisamos esquecer o supérfluo. Neste caminho de estudos e descobertas é necessário posicionar cada coisa em seu lugar correto e determinar o grau de importância de cada etapa.

A compra é mais importante do que o dinheiro e o destino mais importante do que o meio de transporte, ainda assim perdemos muito tempo escolhendo um carro, mesmo quando não temos aonde chegar com ele. Que tal irmos direto ao que interessa?

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Entre a Compulsão e a Ansiedade

O dia a dia agitado das grandes metrópoles nos ensina, com requinte de crueldade, o significado das palavras compulsão e ansiedade. É pura matemática: as tarefas se somam, o tempo se subtrai, as atividades se multiplicam e a rotina nos divide ou, melhor dizendo, nos quebra em mil pedaços.

Desespero! Às vezes me sinto exatamente como este camarada na foto ao lado... E se um dia você se sentir assim saiba que é hora de agir: é exatamente entre a compulsão e a ansiedade que se escondem as maiores oportunidades para treinar seu autocontrole.

Lembro do meu pai dizendo, enquanto me ensinava a dirigir: "é você que está no controle do carro, e não o inverso". E é exatamente assim que devemos lidar com nossas emoções!

A primeira lição para um lider ou gestor é dominar seus próprios instintos e emoções e utilizá-los a seu favor. Quem está no controle da sua vida?

Assim como a febre e a dor funcionam como alertas, nos dizendo que há algo errado em nosso corpo, a compulsão e a ansiedade são avisos de que algo precisa ser melhor trabalhado em sua saúde emocional. Chegar perto do limite apenas evidencia a existência de duas grandes verdades:

1- Todos nós somos limitados.

2- Quando aceitamos e gerenciamos nossos limites eles se tornam cada vez menores, e nossas capacidades se amplificam.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Pró-Atividade x Pró-Achismo

Atitudes pró-ativas requerem atenção, visão e assertividade. A qualidade de se antecipar a uma deficiência ou necessidade e atuar com eficiência na correção e prevenção dos riscos do negócio é privilégio intelectual de poucos.

Em meio à revolução tecnológica que invadiu o cenário corporativo, sobretudo nos últimos vinte anos, os organogramas funcionais se tornam cada vez mais enxutos, com tendência à extinção das lideranças intermediárias. Neste cenário estar em evidência se torna cada vez mais fundamental para conquistar os poucos cargos executivos que concentram os maiores salários do mercado.

Foi dentro deste contexto, competitivo e "de poucas cabeças", que a pró-atividade se tornou objeto de desejo das empresas modernas. Contar com colaboradores que tenham capacidade para identificar oportunidades e fraquezas, e contribuir com soluções na evolução contínua dos processos, constitui o diferencial que pode separar o sucesso do fracasso.

O efeito colateral foi inevitável: surgiram também os pró-achistas, seres reativos com discursos decorados e maquiados de falsa pró-ação.

No que você baseia suas conclusões? Pesquisar e/ou perguntar não é defeito. Toda decisão deve ser tomada com base no conhecimento prévio, ou em evidências muito bem fundamentadas, todo o resto é achismo. Pró-achismo é pensar que descobriu alguma coisa, e mesmo sem certezas tomar uma atitude que acha que está certa. A atitude pró-achista é crime contra o bom senso.

Muitos desavisados tentam se mostrar pró-ativos demonstrando independência quando a verdadeira pró-atividade é característica de quem sabe agir a favor do grupo. Use sua percepção, mas pense bem antes de agir, você está sendo pró-ativo ou "pró-achista"?