quinta-feira, 7 de abril de 2011

Desarmamento Já!

Após um evento triste e cruel, como o que aconteceu nesta manhã no Rio de Janeiro, dentro de poucas horas a midia globalizada coloca o mundo inteiro em choque. Pessoas de todas as culturas, ainda que por pouco tempo, voltam seus pensamentos para tentar entender as razões que moveram mais um assassínio em massa. Qual seria a origem destas barbáries? Qual a sua principal causa?

Não é difícil elencar alguns dos fatores que contribuem para este tipo de evento:
- Em todos os casos o autor do crime é portador de uma ou mais doenças psiquiátricas;
- Em quase todos os casos o autor do crime sofreu bullying durante a vida escolar;
- Em grande parte dos casos os autores sofreram abuso sexual ou violência física na infância;
- Informações sofre o uso das armas utilizadas podem ser encontradas na Internet;
- Jogos e filmes violentos fazem parte do cotidiano, inclusive na infância e na adolescência.

Entretanto, apesar da grande relevância dos motivos descritos acima, tenho certeza de que o principal fator deste produto é a presença da arma de fogo. É inaceitável que, depois do estatuto do desarmamento, ainda exista acesso a elas.

Sei que é impossível erradicar as doenças psiquiátricas, o bullying, os traumas de infância, a Internet e a violência gratuita de alguns jogos e filmes. Perdoe-me se eu estiver sendo ingênuo, mas acredito que com boas iniciativas, regulação e fiscalização é possível desarmar a sociedade.

A vida pode ser uma eterna batalha, mas não estamos em guerra! Não quero me imaginar no futuro tendo que blindar meu carro e usar colete à prova de balas. A pólvora é a verdadeira origem dos massacres. Desarmamento já!

terça-feira, 5 de abril de 2011

O Sistema Caiu! E Agora?

Vivemos em um mundo cada vez mais dependente da Tecnologia da Informação. A revolução tecnológica que acompanhamos, sobretudo nos últimos 20 anos, provocou mudanças positivas e irreversíveis no conceito de trabalho, permitindo, entre outros ganhos, o aumento da produtividade com redução de custos. Hoje, como consequência, máquinas e sistemas informatizados são pré-requisitos no desenho, execução e acompanhamento dos processos produtivos e gerenciais de qualquer instituição.

Sou analista de sistemas e atuo como gerente de TI em uma empresa de saúde. Entre os principais focos de atuação de um setor de tecnologia, atualmente se destaca a busca incessante pela disponibilidade da informação. Ainda assim, por mais esforço e investimento que se coloque nesta busca, é impossível assegurar 100% de disponibilidade a um sistema.

Você pode reduzir a duração e a frequência das indisponibilidades, mas seja por 1 minuto ou por 1 semana inteira, em algum momento seu sistema vai ficar fora do ar!

Uma vez sacramentada a relação de dependência homem x máquina, o que fazemos quando o sistema cai? Quais são seus planos de contingência?

A gestão de riscos em TI nos ensina que o investimento em infra-estrutura deve ser proporcional aos danos e custos decorrentes da indisponibilidade de informações. Além de atrasar a produção, tais falhas podem impactar na qualidade do produto final e na imagem da empresa.

Quantas vezes você ficou pendurado por longos minutos ao telefone, esperando o atendimento ao cliente, e ao chegar sua vez escutou a dolorosa frase: "desculpe, meu sistema caiu, o senhor pode estar ligando novamente em uma hora"? E quantas vezes isto acontece com dúvidas simples, que poderiam ser respondidas sem consultas ao sistema?

É de extrema importância dominar a operação e trabalhar os indicadores obtidos através dos sistemas informatizados de gestão do negócio, porém ter um plano de contingência capaz de permitir uma operação manual, para situações emergenciais, é vital em determinados ramos de atividade e vantagem competitiva em todos os outros.

O sistema caiu, e agora? Seja um ótimo profissional atrás do mouse e do teclado do seu computador, mas aprenda também a trabalhar sem eles.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Músicas Que Falam Por Nós

Algumas canções nos passam a nítida impressão de que foram escritas para nós, ou para um momento específico que estamos vivendo. Certas vezes procuramos palavras para expressar ou entender melhor o que estamos sentindo e, exatamente nesta hora, inexplicavelmente nossos ouvidos nos surpreendem com a música perfeita.

São momentos mágicos. É incrível o conforto que nos invade ao perceber que não estamos sozinhos. Felicidade, tristeza, amor, decepção, amizade, protesto, revolta; seja qual for seu sentimento alguém já esteve lá antes e descreveu com detalhes o que você sente agora.

A música tem o poder inigualável de conversar com nossa alma, tanto para abrandar quanto para potencializar nossas emoções. Quantas vezes isto já aconteceu com você?

Pense nas músicas que te acompanharam nos momentos mais marcantes e importantes da sua jornada. Perceba o quanto elas te fizeram entender melhor os enigmas do caminho, o quanto te consolaram, o quanto te deram força e coragem para enfrentar os maiores desafios. Qual é o repertório da sua vida?

Não vou entrar em discussão sobre gêneros musicais, afinal gosto não se discute (embora as vezes se lamente). Independente do estilo, avalie a mensagem e o conteúdo. Escute músicas boas e terá bons sentimentos, escute músicas ruins e alimentará os maus sentimentos.

Ironia do destino ou mera coincidência, mantenha os ouvidos atentos e perceba que as "músicas que falam por nós" estão o tempo todo a nossa procura. Já me emocionei entrando em sintonia com músicas de muitos gêneros diferentes, inclusive com canções infantis. Já recebi mensagens maravilhosas inclusive de estilos que costumo rejeitar.

Procurando por respostas? Para terminar, não vou concluir sozinho esta mensagem, vou deixar mais uma vez que uma música fale por mim: "Eu fico com a pureza da resposta das crianças, é a vida, é bonita e é bonita. Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar, a beleza de ser um eterno aprendiz. Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será, mas isso não impede que eu repita. É bonita, é bonita, e é bonita" (Gonzaguinha)

domingo, 3 de abril de 2011

A Mentira e Sua Perna Curta

Primeiro de Abril. Na última sexta-feira celebramos, em meio aos trotes e pegadinhas típicos desta data, mais um dia internacional da mentira. Ganhamos de presente 24 horas para esquecer a verdade, sem pesos na consciência, e nos divertir inventando histórias e situações.

Mas o que você faz nos outros 364 dias do ano? Cá entre nós, uma mentirinha de vez em quando não faz mal a ninguém, não é verdade? Será?

Apesar de ser uma data mundial, o dia da mentira é conhecido por nomes diferentes em outras culturas, tais como "dia dos bobos" e "dia dos tolos". Por mais inofensivas que algumas mentiras pareçam, estes títulos traduzem com maestria o que sentimos ao perceber que fomos enganados.

Infelizmente mentir é prática comum em nosso dia-a-dia. Mentimos para enfeitar a verdade, como na invenção do Papai Noel; mentimos para "proteger" amigos de realidades difíceis, como quando escondemos doenças; mentimos para parecermos melhores, como quando escondemos os defeitos e aumentamos nossas qualidades no currículo...

Mentimos para os outros e mentimos para nós mesmos. Mas o tempo é o pai da justiça e, mais cedo ou mais tarde, a verdade sempre aparece. Ao final da história o que ganhamos com isto?

Tome cuidado! Todos nós mentimos, mas nem todos somos mentirosos. Se a prática nos conduz à perfeição, da mesma forma a repetição dos erros reduz o peso na consciência ao longo do tempo e, consequentemente, o erro se torna parte do nosso caráter.

Pense bem antes de mentir. Bola de neve ou reação em cadeia, uma mentira leva a outra, e este efeito cascata ganha força suficiente para estragar qualquer tipo de imagem ou relação.

A mentira tem perna curta (e não estou me referindo aos baixinhos). Nada é mais importante e valioso do que a verdade. Crie coragem, se aceite e seja honesto. Seja você!