terça-feira, 23 de novembro de 2010

Postura e ângulo de visão

Qual o verdadeiro tamanho de um obstáculo? Grande, médio, pequeno? Por qual ângulo você está olhando?

Fique de pé e fixe o olhar em um ponto próximo a você, na mesma altura dos seus olhos. Agora tente olhar para o mesmo ponto sentado ou esticando o corpo na ponta dos pés.

As barreiras que encontramos em nossas vidas são exatamente do tamanho que a nossa posição dá a elas, é uma simples questão de perspectiva. Tente caminhar com os ombros caídos, e logo em seguida corrigindo a postura verá a incrível diferença que poucos centímetros provocam.

Aos 16 anos visitei Nova Iorque e fiquei impressionado com o tamanho dos prédios. Vendo de cima, no avião, ficou tão pequena que pude ver a cidade inteira em uma única paisagem, e é assim que precisamos enfrentar nossos problemas.

Precisamos olhar de um ângulo que permita a visão do todo, pois enquanto estamos vivendo, as dificuldades parecem maiores do que realmente são. Saia da situação e avalie com a mesma imparcialidade com a qual aconselharia um amigo distante. Siga estes conselhos.

Nenhum obstáculo é tão grande que não possa ser vencido. Corrija sua postura e procure o melhor ângulo de visão!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Pisando em Solo Firme

Durante uma tempestade o que você realmente precisa é de um lugar seguro para se proteger e se recompor. Da mesma forma em nossas vidas precisamos ter uma base firme para nos apoiar nos momentos difíceis.

Às vezes vivemos uma fase conturbada na vida profissional, e encontramos apoio na vida familiar. Em outras enfrentamos problemas na vida amorosa e o solo firme vem de bons amigos.

As fases se alternam, mudam as dificuldades, mudam as bases de apoio, o que não muda é o fato de que não podemos abrir mão de ter aonde pisar para seguir nossa jornada. Precisamos construir boas bases em todas as esferas de nossas vidas.

Sem um bom alicerce a construção pode desmoronar, e as pessoas de sucesso estão sempre bem amparadas. Para crescer é preciso correr riscos, e para correr riscos é preciso ter onde se apoiar. Siga pisando em solo firme!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Não Se Reprima!

"Não segure muito teus instintos porque isso não é natural. Sai do sério, fala alto, dá um grito forte quando queira gritar". Grande hit do Menudo a música "Não Se Reprima" foi lançada em 1984 alavancando o grupo ao seu auge no Brasil e conquistando uma legião de fãs.

Apesar de pessoalmente não gostar do gênero musical, e de não ter vivenciado esta febre (eu tinha apenas 4 anos na época), a letra fala exatamente sobre o tema que quero abordar hoje.

Você consegue identificar o limite que separa o autocontrole da repressão? Fazendo uma analogia, imaginem uma bexiga recebendo um fluxo contínuo de ar, se não abrirmos periodicamente o bocal para aliviar a pressão interna mais cedo ou mais tarde ela irá explodir.

Da mesma forma acontece com tudo aquilo que reprimimos. O instinto é involuntário e constante, se não o atendemos e não o dosamos, em algum momento ele irá se expor de forma brusca e exagerada.

Não estou dizendo que devemos agir de forma irresponsável. O instinto é uma pedra bruta, precisa ser lapidado e trabalhado para que seu verdadeiro valor fique visível. Atenda suas vontades com equilíbrio, não se reprima!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Atitudes Gerundistas

Erro comum na língua portuguesa, o gerundismo invadiu o país e prosperou nos canais de telemarketing. Tal fato tem explicação no desenvolvimento do setor, que incorporou esta forma nominal ao utilizar traduções mal feitas de cartilhas de atendimento americanas.

O gerúndio indica um processo em andamento, sem determinar quando, ou se ele será concluído, logo é errado inadequado aplica-lo a ações pontuais.

Exemplo clássico do gerundismo, a frase "eu vou estar fazendo" denota total insegurança e falta de compromisso. Não estou mais falando sobre erros de português, e sim sobre atitudes. Quando você vai começar? Quando você vai terminar?

Compare as sentenças "eu vou estar te ligando" e "te ligo de volta em cinco minutos". Qual das duas você usa no seu dia a dia?

Não se trata apenas da forma com a qual você se expressa, o gerundismo é a "arte" de transformar tarefas simples e diretas em processos complexos e improdutivos.

O sucesso começa em como você organiza seus pensamentos, suas palavras e suas ações. Então não esteja fazendo, faça!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Compactando o Jogo

No futebol moderno utilizamos com frequência o termo "compactar o jogo". Ter um time compacto nada mais é do que não deixar buracos entre os setores do time, movimentar-se em blocos, impedir que o adversário encontre espaços para vencer sua marcação, pois ainda que ele consiga passar pelo primeiro jogador vai encontrar alguém na sobra.

Que tal compactarmos nossa vida desta mesma forma? Quantos buracos existem entre seus projetos e a conquista dos seus objetivos?

Precisamos reduzir os espaços, abandonar as atitudes isoladas, agrupar nossas ações de tal forma que se o primeiro método falhar um segundo estará na cobertura. É preciso fazer com que todos os seus gestos façam parte de um plano único em busca das suas metas.

Assim como no futebol a vida não nos permite deixar buracos em campo. Assim como a falha individual de um único jogador pode comprometer todo o coletivo, uma simples ação fora do contexto pode invalidar todos os seus acertos.

Tenha o controle de suas atitudes, ande em blocos mantendo o mesmo sentido e direção, não deixe espaços com gestos contraditórios e tenha sempre um plano na sobra. Não dê chances para a derrota, compacte sua vida!

domingo, 7 de novembro de 2010

Freud Explica

Sigmund Freud, o pai da psicanálise, dizia, entre outras coisas, que projetamos nos outros nossas próprias fraquezas e defeitos. É a chamada "Projeção Freudiana", que explica tal fenômeno como uma defesa involuntária contra pensamentos, emoções e características que reprimimos, por não conseguir aceita-los.

Tal tipo de projeção acontece, em diferentes escalas, com todos nós. Não é difícil entender, é muito fácil identificar nos outros as características que temos em comum pelo simples fato de conhece-las melhor do que as que não possuímos. O problema é quando, independente dos defeitos existirem ou não nos outros, atribuímos a eles e os negamos em nós.

Pare agora e faça uma lista mental dos defeitos que mais te incomodam nas outras pessoas, uma lista dos pensamentos e hábitos que você mais condena. Agora faça uma análise rápida, quantos dos ítens desta lista existem em você? Quantos dos hábitos que tanto te incomodam você já teve, ou já desejou ter e reprimiu?

Para entender e aceitar os outros é preciso começar por nós mesmos. Admita e trabalhe seus próprios defeitos, desta forma você vai conseguir ao invés de se projetar nos outros, apenas identificar as características comuns. Crie afinidades, conviva melhor, aprender a superar um problema com alguém que já passou por ele...

Agora se você acha que a culpa nunca é sua, se você não tem defeitos, se o problema são os outros, ou se a culpa é do sistema, só me resta uma coisa a dizer: Freud Explica!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Quem é Você?

Quantos personagens você vive no dia a dia? Sou o pai, o filho, o marido, o amigo, o analista de sistemas, o músico, o blogueiro... Se fossemos enumerar todos os papéis que vivemos em nossas relações faltaria espaço neste post.

Não estou dizendo que devamos atuar durante o convívio nas diversas esferas de nossas vidas, muito pelo contrário, precisamos agir da forma mais natural possível, mas para cada tipo de situação acabamos por fazer alguns ajustes.

É impossível ser a mesma pessoa 100% do tempo. Em algumas situações precisamos ser formais, em outras despojados, muitas vezes precisamos impor, muitas outras aceitar.

Somos tantas coisas que as vezes esquecemos de ser nós mesmos, nos despir das máscaras do cotidiano e atender nossas próprias necessidades e vontades.

Quantas vezes, enquanto está sozinho, você já se sentiu vazio sem motivo aparente? Você realmente se conhece? Quanto tempo você dedica para você mesmo? Quanto tempo você dedica para se conhecer, se aceitar, para conversar com seu íntimo?

Viva todos os seus papéis, mas não se esqueça do mais importante, afinal atrás de todos estes personagens está a mesma pessoa. Seja o protagonista de sua própria vida, seja você!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Point of no Return

Na aviação se utiliza o termo "point of no return" (ponto impossível de retorno) para definir, em uma decolagem, um limite seguro para desistir do vôo. A grosso modo podemos dizer que ao atingir determinado ponto com determinada velocidade não existe mais a possibilidade de desistência, e mesmo que surja uma emergência inesperada será necessário decolar.

Você realmente conhece seus limites? Quantas vezes você já ultrapassou seu ponto impossível de retorno? Quantas vezes você adiou a decisão, seguiu em frente, e só percebeu que ultrapassou o limite quando perdeu o controle e o poder de escolha? Você foi até o fim. Está feito!

Pare para pensar, adiar a escolha por si só já é uma decisão. É importante conhecer seus próprios limites, mas não se arrisque a ultrapassá-los se não tiver certeza de que pode lidar com as consequências.

Às vezes você fica indeciso entre o que tem vontade e o que você realmente precisa fazer, e mesmo após a decisão correta resta uma curiosidade: o que teria acontecido se eu escolhesse o outro caminho? Como diria Humberto Gessinger, e vale para muitas coisas, "a dúvida é o preço da pureza e é inútil ter certeza".

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cuidado com seus passos

Existem aqueles que se concentram tanto no resultado que perdem o foco e não conseguem encontrar formas de chegar a ele. Esquecem que, como o próprio nome diz, ele é apenas um resultado, um reflexo natural do caminho que você escolheu no dia a dia.

Há quem diga que os fins justificam os meios, prefiro inverter esta máxima e dizer que os meios justificam os fins, e mais do que justifica-los, os definem.

Estou falando sobre estratégia, planejamento e disciplina. É necessário ter metas bem definidas, mas o fundamental é aprender a atingi-las, passo a passo, sem se desviar do caminho. Uma vez escrevi em uma letra "meus passos podem ser pequenos mas são todos meus" e é sobre isto que quero falar neste post: não importa o tamanho dos seus passos, importa a direção e sobretudo o sentido para o qual eles te levam.

Não existe fórmula mágica. Pode parecer cliché, mas bananas não nascem em laranjeiras, e se você transbordar um copo com água ele não vai derramar vinho.

Escolha um destino, estude o melhor caminho, mantenha o foco, se for preciso durante a jornada redefina o trajeto, mas não se afaste do objetivo, o sucesso será o resultado inevitável. Mantenha a disciplina, e cuidado com seus passos!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Olhos abertos

Quem de nós pode responder o que é o universo? Ou o que é o mundo? Ou simplesmente o que é você? Quem é você?!

Somos reféns de nossas interpretações, e todas as coisas são exatamente da forma e do tamanho que damos a elas. Escrevi em uma de minhas músicas que "o mesmo gosto é diferente a cada paladar", e é exatamente isto o que quero transmitir neste post. Quem pode garantir que o azul que tanto me agrada não é o mesmo tom que você enxerga como vermelho?

Não existem verdades absolutas. É preciso estar aberto e atento. Ver, ouvir, tocar, sentir, permitir que novas interpretações do mesmo tema aproximem seu mundo interior do real. Não se feche na primeira descoberta, ela quase sempre está errada ou incompleta.

Quantas vezes a nossa medicina condenou um hábito e anos (ou até meses) depois declarou o mesmo hábito como recomendável?

Estando em dúvida não afirme. Se afirmar esteja aberto a críticas e opiniões de terceiros. Se descobrir que estava errado saiba reconhecer e voltar atrás. Se voltar atrás não tenha medo de passar a afirmar o oposto.

Ver, interpretar, descobrir, afirmar, ouvir, aprender, rever e crescer. Tudo começa com o olhar. Mantenha os olhos abertos!